NÓS

Chapter 61: Capítulo 60

Manuela.

Aos poucos fui abrindo os olhos, piscava lentamente tentando manter os olhos abertos mas era quase impossível. Eu estava me sentindo fraca, meu corpo estava mole e sentia uma dor enorme na cabeça, onde havia levado a porrada. Não enxergava nada, estava tudo escuro, um breu só e eu estava morta de frio.

Não lembrava de muita coisa, só de estar no porta malas do carro com os braços e pernas amarrados escutando vozes masculinas de fundo. Escutei um barulho de porta abrindo, abri meus olhos no exato momento onde todas as luzes foram acesa e por um momento escondi o rosto por conta da claridade. Minha visão estava um pouco embaçada, pelo o pouco que eu conseguia ver eu parecia estar num galpão, num velho galpão.

Eu estava preocupada com o bebê, graças a Deus não estava sentindo nenhuma dor na barriga ou algo do tipo mas eu só conseguia lembrar da doutora dizendo que todo cuidado meu era pouco.

Eu não queria perde-lô.

Dois caras se aproximaram de mim, um me pegou pelo braço, o apertando e me colocou sentada no chão. O outro desamarrou a corda que prendia meu braço e minha perna, colocou uma bandeja com comida e água no chão e puxou uma cadeira pra perto de mim. Eles usavam máscara, só dava para ver seus olhos e muito mal, era bizarro.

— Come — ordenou.

— Quem é você? — perguntei com a voz falha — por que eu estou aqui? — tossi.

Ambos não me responderam, com dificuldade tirei o talher de acrílico do saquinho plástico e abri a quentinha que tinham trago. Eu estava morta de fome, provavelmente eu estava horas sem comer nada e talvez isso seria o motivo da minha fraqueza.

eu terminar os dois caras saíram me deixando só novamente. Sentada na parede encolhi minhas pernas e abracei a mesma, tentava controlar meu nervosismo e medo por causa

te surpreende da pior forma possível, te dá um susto imenso e te deixa sem saber se ela vai continuar ou não.

saia de mim nunca, e agora eu me via em uma situação que eu mal sabia se iria ter solução ou não. E se fizessem o pior com meu filho?

Eram tantos "e se"..

de lágrimas, queria acordar e tudo estivesse diferente, que tudo

eu tinha feito para

...

e saltei, praticamente, do chão quando vi aqueles olhos largos e esverdeados me encarando. Senti repulsa, medo,

largo — trouxe algumas

de seu corpo e tirou uns biscoitos, água e fruta. Também tinha trago um colchonete, coberta e travesseiro. Voltei a olhar para ele com os olhos cheios de lágrimas, eu queria esquecer do passado mas cá

quer comigo? — passei a mão no rosto

Calma, amor — se agachou e colocou uma mecha do meu cabelo pra trás — vai ficar tudo

gritei em prantos — me deixa ir

Nós vamos embora, cuidar do nosso filho, eu prometo

seu doente — funguei — eu e você

eu não conseguir mais tocar

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