NÓS

Chapter 5: Capítulo 5

Tinha acordado um pouco depois do horário que eu tinha colocado para despertar, ou seja, estava mega atrasada. Meu celular estava cheio de mensagens e seria provavelmente do pessoal me xingando. Eu sempre me atraso, não era novidade pra ninguém.

Estava terminando de passar o gloss, resolvi fazer uma maquiagem básica porque estava sem tempo e paciência pra caprichar no reboco. Vesti um cropped decotado de renda fina preto e uma mini saia apertadinha branca. Eu estava um verdadeiro arraso e uma grande gostosa.

Peguei minha bolsa de sair e coloquei apenas o necessário. Coloquei um salto plataforma preto com pedrinhas e de baixinha eu fui para girafa, eu adorava colocar saltos, era a única hora que eu tinha moral para falar de altura já que eu tinha a de uma pessoa de onze anos. Passei meu perfume e sai do quarto apagando a luz.

— Onde tu acha que vai desse jeito? — tirou sua atenção do telefone e me olhou com a sobrancelha arqueada.

— Que jeito? Linda? — me fiz.

— Pelada — gargalhei e ele bufou.

Antes de chamar o uber obriguei Gabriel tirar umas fotos minha, ele tirou emburrado e reclamando do tamanho da saia e dizendo que eu deveria coloca um casaco e uma calça. Já eram onze e vinte, nem estava olhando mais as mensagens, na altura do campeonato ela já deveria ter me xingado de todos os nomes.

— Não vai sair hoje, piranha da noite? — perguntei pra Gabriel que estava deitado no sofá mexendo no celular.

— E qual foi o dia que você me viu saindo uma hora dessa, Manuela ? — seus olhos arregalaram-se.

Sonso né.

— Eu sou pra casar, garota — piscou — Tô só esperando os meninos confirmarem para eu partir — deu um sorrisinho de lado.

— Você não vale um centavo — ri.

Tinha chamado o uber e antes de sair dei um beijo no Gabriel. Chamei o elevador e rapidamente cheguei no térreo, esperei uns minutinhos ali em baixo antes do Uber chegar e quando chegou entrei dando boa noite para o motorista.

Muito cheiroso até.

Postei minha foto no Instagram antes de guardar o telefone, não estava com a bateria totalmente cheia então resolvi não gastar toda ela pra não ficar na mão se acontecesse alguma coisa.

Eu odiava sair com telefone com pouca bateria, não sei porque mas detestava.

..

Peguei um trânsito no meio do caminho e cheguei na Pub meia hora depois, paguei o motorista e sai do carro. Já dava para escutar o som do outro lado da rua, algumas pessoas estavam na calçada, umas fumando e conversando e provavelmente algumas tinham acabado de chegar assim como eu.

entrar e até encontrei um povo do colégio.

riu e se levantou para me

Agora você já pode jogar vôlei, Manu — Naty disse e dei

volta a fazer parte da família dos Smurfs

maltratada, é visível

de cumprimentar todo mundo, tinha uns amigos de Gusta e aparentemente eles eram legais. Pedi uma cerveja e

seus cabelos eram enrolados, pele escura, olhos claros e um sorriso encantador.

baba — Lya sussurrou no meu ouvido e

muito —

comendo o menino com os olhos, daqui

fora, filhote de cruz credo

de uns baldes de cerveja e uns vira vira, todo mundo da mesa estava meio alegre. Os meninos estavam no bar pegando bebida pra gente enquanto eu e as meninas estavamos nos acabando na pista, tentamos ficar onde tinha menos gente pra nós rebolarmos bastante a tabaca mas era quase impossível porque isso aqui estava intupido de gente. Começou a tocar

seu rosto porque ele estava na parte de cima da Pub em um dos camarotes, as luzes e fumaças atrapalhavam e eu também estava um pouco bêbada, então dificultava mais ainda por conta da visão meio embaçada. Os meninos logo chegaram com as bebidas e deram pra gente, que

e nós começamos a gritar e acabou que outras pessoas

casal — Lya

tomasse atitude eu teria que tomar por você Gusta, mulher bonita dessas — Noemi, amiga do mesmo comentou e

são chatos — naty estava

estava desesperada, contando os

não enganavam ninguém, se algum dia eles acharam que esse papo de que eram só

nem saber, vou ser

eu padrinho — pedro falou um pouco alto

não estiver namorando me coloca com um padrinho bem gato pra eu sair de lá noiva —

Gato assim igual eu? — Pedro deu um sorriso

— Eca — retrucou.

tentando chegar no mesmo e alguém puxou meu braço meu braço forte, demorou um pouco

acreditava no

tivesse colocado um pingo de álcool

— Ga-gael? — gaguejei.

barriga ? Não sentia mais nada por ele e ele não tem mais controle de mim, eu era uma pessoa livre da pessoa tóxica

tempo, Manuela — ele examinou meu corpo de cima

as palavras sumiram da minha boca e eu me senti a Manuela

Isso não estava certo.

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